Oferta de empregos no PAT cresce 14% em dois meses

Em setembro, estavam disponíveis para o preenchimento 57 vagas. Em outubro este número foi para 65. De acordo com Fátima da Silva Barbosa, chefe de setor do PAT de Campinas, 80% destas vagas são para o setor de prestação de serviços.

Segundo ela, não existe um motivo específico para o aumento da oferta. "A procura das empresas pelo nosso setor de captação é espontânea", explica ela.

O alto índice de vagas para prestadores de serviços se justifica pelo fato de as grandes empresas tercerizam os trabalhos de limpeza, segurança e portaria, por exemplo, e não contratam mais diretamente.

"O setor de captação de vagas do Balcão tem recebido solicitações de candidatos de empresas com estas características, explica Fátima.

Demanda

Ao mesmo tempo em que cresceu o número de vagas disponíveis, a procura pelo serviço também aumentou. Segundo Fátima, em setembro 1.099 pessoas passaram pelo PAT para preencher o cadastro a procura de um trabalho.

Em outubro, estiveram no Balcão de Empregos 1.160 pessoas, o que representa um crescimento de 5% pelo serviço.

De acordo com a coordenadora, a opção que o candidato tem, de retornar todos os dias ao Balcão para verificar se existe alguma vaga disponível é um dos fatores responsáveis por este aumento.

"O nosso atendimento contínuo ao trabalhador permite que ele se sinta mais seguro enquanto está disputando uma vaga no mercado de trabalho", explica Fátima.

Opções

Quando se cadastra no PAT, o trabalhador pode escolher três opções diferentes de emprego e mudá-las para se ajustar às vagas disponíveis. Isso porque o Poupatempo, outro serviço em Campinas que oferece recolocação profissional, modificou recentemete seu sistema.

Agora, uma vez preenchido o cadastro, o trabalhador tem que aguardar ser chamado para entrevista ou preencimento de vagas e não pode mudar a opção sempre que quizer.

O PAT-Sine é uma parceria entre os governos estadual, municipal e federal. O serviço faz a ponte entre as empresas que procuram profissionais para trabalhar e as pessoas que estão desempregadas.

O objetivo é recolocar o maior número de pessoas possível no mercado de trabalho. As empresas e os trabalhadores preenchem um cadastro que fica no sistema do PAT. Por meio do cruzamento de informações, o candidato é encaminhado para o emprego.

Senha

O serviço é gratuito e funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h, na Rua Cândido Gomide, 196, no Jardim Guanabara. Os interessados a um emprego devem pegar senha até às 8h para preencher o cadastro. Devem também levar RG e carteira de trabalho. Vale lembrar que as senhas são distribuídas somente às 8h.

Todos os dias, o Diário Oficial do Município publica as vagas disponíveis no PAT. Para saber mais sobre elas, os interessados devem procurar pessoalmente o Balcão de Empregos. Informações sobre as vagas não são passadas por telefone.

De acordo com a coordenadora, no mês de outubro, 262 pessoas foram encaminhadas para entrevista de emprego e 47 foram contratadas para trabalhar.

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, Campinas tinha, em agosto deste ano, 90.976 pessoas desempregas, o que representa 17,4% da População Economicamente Ativa (PEA) da cidade.

Qualificação

Apesar de os números serem altos, o Balcão de Empregos de Campinas tem registrado que algumas vagas deixam de ser preenchidas por falta de qualificação do trabalhador.

Um exemplo é um emprego para alinhador de veículos, que exige curso para a função e experiência na área.

Outras vagas também ficam ociosas por dificuldades das pessoas, como a de trabalhador rural, que tem como requisito que o candidato more na zona rural para ganhar um salário mínimo por mês. Isso gera desinteresse nos candidatos para este emprego especificamente.

Fátima, explica que a capacitação do trabalhador é importante para que ele tenha condições de assumir uma função, mas que, como todos estão desempregados, eles não têm como pagar um curso de qualificação.

Polivalência

"As pessoas não têm condições financeiras para acompanhar o mercado de trabalho, que está cada vez mais exigente", diz ela.

Ainda segundo Fátima, as empresas hoje buscam o profissional polivalente: aquele que é capaz de fazer vários serviços numa mesma função, como a secretária que também é telefonista e que sabe lidar com computador, o que mostra a tendência do mercado no "enxugamento" dos postos de trabalho.

"Já tivemos vagas aqui no Balcão para cozinheiras que precisavam de carteira de habilitação. Isso porque ela acaba, no exercício de sua função, não só preparando a comida, mas indo também ao mercado fazer compras", conta Fátima. "E não é toda cozinheira que tem carteira para dirigir", completa ela.

A maioria das pessoas que preenchem as vagas no PAT é de pouca escolaridade; nem sempre elas têm o segundo grau completo.

 

 

 

 

 

 

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