10/05/05
A IMA está atravessando um momento especial, um momento no qual, aos 28 anos, começa a atingir sua maturidade empresarial. Como não poderia deixar de ocorrer em ocasiões como esta, o crescimento vem acompanhado de ajustes que, se por um lado causam certo desconforto e abalam as certezas antes cristalizadas, por outro apontam novos caminhos a serem trilhados e conquistas a serem alcançadas.
Com a implantação de um novo modelo de gestão, a empresa começa a avançar para uma nova situação, fortalecendo-se para, como qualquer empresa de sociedade anônima, competir no mercado, oferecendo serviços de qualidade e auferindo lucros o que, afinal, é o objetivo de todas as congêneres.
Até bem pouco tempo atrás, não eram estes os princípios que norteavam os gestores da IMA. A empresa funcionava como um apêndice da Prefeitura Municipal de Campinas, não só sua acionista majoritária, mas também sua principal cliente. Uma relação muito próxima e prejudicial, na medida em que não se delineavam limites claros entre os interesses de governo e o interesses comerciais.
Nesta situação, a IMA acabava prescindindo de uma área comercial estruturada e atuante. Nem mesmo contratos eram elaborados entre as duas partes, instrumento que passou a ser utilizado apenas há dois anos.
Junte-se a esses fatores a falta de critérios para formulação e estabelecimento de preços e temos uma situação atípica que, se continuada por muito mais tempo, só poderia levar a empresa ao colapso.
Instada pelo Prefeito Hélio de Oliveira Santos, que de imediato percebeu a gravidade da situação, a nova direção da empresa, que assumiu em janeiro de 2005, elaborou um plano de saneamento das contas e um novo modelo de gestão.
A empresa, então, reajustou a sua força de trabalho à demanda real, além de realizar ajustes em contratos e corte nos custos, o que possibilitará, somente em 2005, uma economia de R$ 1,5 milhão na folha de pagamentos e de R$ 1,4 milhão nas despesas administrativas, totalizando uma redução de R$ 2,9 milhões. Essas medidas já começam a gerar seus efeitos, e a empresa já registrou lucro no mês de abril, revertendo uma longa trajetória de déficities.
A criação de uma área comercial mais agressiva, preocupada com a satisfação dos clientes, também começa a fazer com que a IMA reconquiste de fato o papel que lhe é de direito, o de braço tecnológico da Prefeitura de Campinas. Para tanto, a empresa busca aperfeiçoar cada vez mais o atendimento às demandas do Município de Campinas, com preços compatíveis aos encontrados no mercado, serviços de qualidade e, um grande diferencial: compromisso com o sucesso da administração.
Por outro lado, toda a experiência que a IMA tem acumulado nesta tarefa de ajudar a Prefeitura de Campinas a administrar com maior agilidade e eficácia, pode ser útil também para outros municípios e instituições. Uma das primeiras estratégias da nova área comerciais está sendo justamente visitar as prefeituras da Região Metropolitana de Campinas, apresentando todo o escopo de serviços oferecidos pela IMA. Até o momento, seis prefeituras já foram contatadas.
É com esse mesmo espírito que a IMA está participando do XI Conip (Congresso Nacional de Informática Pública), que acontece entre 17 e 19 de maio de 2005, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo. Este é o principal fórum brasileiro de discussão e apresentação de iniciativas para a modernização administrativa e incentivo ao uso da tecnologia no serviço público. A IMA vai ao Conip em busca de novos negócios, levando consigo soluções na área de Gerenciamento Eletrônico de Documentos e Educação que, tal qual a empresa que as criou, também estão entrando na era da maturidade.
Bruno Vianna é engenheiro e presidente da Informática de Municípios Associados