25/05/2009
Quando foi criada, em 1976, a Informática de Municípios Associados S/A possuía inúmeros sócios, a maioria deles pessoas jurídicas ligadas à Prefeitura Municipal de Campinas, como a Emdec, a Cohab, o Hospital Dr. Mário Gatti, a Sanasa e a própria Prefeitura.
Na ocasião, alguns gestores municipais e dirigentes destas empresas também compraram, em seu nome, ações da IMA. Foi o caso de João Pozutto Neto, hoje com 76 anos e que, na época, acumulava a presidência da Sanasa e da Emdec, no governo de Lauro Péricles Gonçalves.
Como fundador da IMA, ele comprou 700 ações da empresa, pagando o valor de Cr$ 1,00 (na época a moeda brasileira era o cruzeiro) por ação. Nesta quinta-feira, 21 de maio, ele retornou à IMA com o objetivo de restituir estas ações, que, por serem poucas, têm valor apenas simbólico. Com o ato, Pozzuto abdicou da condição de sócio minoritário, embora se mantenha com um papel relevante na história da empresa, como um de seus fundadores. Na foto, ele está no centro, com o presidente da IMA, Pedro Ziller, à esquerda, e o diretor Administrativo, Luiz Ayabe, à direita.
Formado em engenharia, com pós-graduação na área de Saneamento, ele ingressou no serviço público em 1958, trabalhando com o engenheiro no então Departamento de Águas e Esgotos (DAE) da Prefeitura de Campinas, órgão que mais tarde acabou dando origem à Sanasa.
Após ficar cerca de 8 anos no DAE, Pozzuto foi trabalhar na iniciativa privada, passou também pela Fundação Estadual de Saneamento Básico (Fesb), o embrião da Sabesp, e por departamentos de água e esgoto em prefeituras da região, como Santa Bárbara D´Oeste, Sumaré e Jaguariúna.
Com a eleição de Lauro Péricles Gonçalves, em 1973, ele retornou ao governo municipal, primeiro como secretário de Obras e, depois, como presidente da Sanasa.
Embora não tenha sido gestor da IMA, Pozutto considera que a empresa tem um papel importante a cumprir e emite a opinião de quem faz parte da história: "A IMA foi criada num momento em que diversas empresas de economia mista também estavam sendo constituídas. Isto aconteceu porque havia uma série de demandas da população que precisavam ser atendidas, principalmente na área de informatização e modernização da gestão pública", lembrou.