Entrevista: Campinas informatiza a Saúde

A implantação do Siga Saúde em Campinas contribuirá para a melhora do atendimento aos usuários do SUS no município e para a otimização das rotinas administrativas. Coordenador de Informação e Informática da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, o médico sanitarista Moacyr Esteves Perche, falou ao Imagem sobre suas expectativas com relação ao novo sistema.

Imagem: Qual é a expectativa da Secretaria de Saúde quanto à implantação do Siga Saúde?

Moacyr Perche: É uma ferramenta que irá facilitar o trabalho dos profissionais da saúde e o atendimento aos usuários das unidades descentralizadas, como os Centros de Saúde. Já no início da implantação do sistema, a descentralização do cadastro dos pacientes vai permitir a localização mais rápida dos prontuários físicos para realização de uma consulta. Embora seja uma atividade simples, a localização destes prontuários consome muito tempo e energia dos profissionais que fazem o atendimento administrativo e isto já vai mudar.

Mas os prontuários em papel continuarão sendo utilizados?

No futuro, o sistema vai incorporar as informações que hoje estão em papel e, a partir daí, não será necessário nem procurar o prontuário, bastará utilizar o cartão SUS, que as informações médicas aparecerão imediatamente na tela do computador. O paciente também será identificado de forma única no sistema, diminuindo o risco de perda de prazo de consultas e racionalizando o registro dos dados. Após uma consulta com o generalista, o paciente, se for o caso, será encaminhado automaticamente a um especialista, com a consulta já marcada e todas as informações necessárias sendo fornecidas automaticamente pelo sistema. Tudo isso permitirá uma melhor utilização dos recursos e dos profissionais da saúde.

Quais as principais dificuldades em implantar esta informatização em uma rede do tamanho da de Campinas?

O principal desafio é o investimento em infra-estrutura. Hoje, Campinas possui 69 unidades descentralizadas de Saúde, com uma média de quatro estações de trabalho em cada uma. Para que a informatização seja completa, o ideal é que cheguemos a uma média de 12 a 16 estações de trabalho para cada estabelecimento. Esse crescimento deverá ocorrer de forma gradual, até atingirmos toda a Rede.

E como a IMA tem contribuído nesse processo?

Com o desenvolvimento do Sistema de Dispensação Individualizada de Medicamentos, o DIM, que contribuiu para gerar uma economia de 30% com os gastos com medicamentos no município, a IMA já tinha iniciado esse processo. Com relação ao Siga  Saúde, é preciso ressaltar que as práticas e metodologias de gestão de projetos adotadas pela empresa têm garantido que todas as etapas previstas no cronograma de implantação sejam cumpridas de forma rigorosa. Isto representa uma mudança de paradigma na Administração Pública no que diz respeito a projetos deste porte.

 

 

 

 

 

 

 

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