04/07/2012
Campinas é a quinta cidade do País com maior disponibilidade de serviços digitais à população, de acordo com o Índice Brasil de Cidades Digitais (IBCD), um ranking elaborado numa parceria entre a Momento Editorial e o CPqD e divulgado na noite desta terça-feira, 3 de julho, em São Paulo.
O IBCD tem o objetivo de medir o nível de digitalização dos municípios brasileiros que utilizam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
Esta é a segunda edição do IBCD, que teve início no ano passado, quando Campinas havia conquistado a sexta posição.
Prêmio
As dez cidades melhor classificadas no ranking e outras três que se sobressaíram nas categorias “Acessibilidade”, “Acesso Público” e “Serviços e Aplicações, foram premiadas.
O presidente da Informática de Municípios Associados S/A (IMA), Pedro Jaime Ziller, recebeu o Prêmio Cidades Digitais destinado à Campinas, representando o prefeito Pedro Serafim. De acordo com ele, a premiação é o reconhecimento do esforço que a Prefeitura de Campinas tem feito nos últimos anos, juntamente com a IMA, que é seu braço tecnológico, no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que melhorem a gestão dos serviços públicos e o atendimento à população.
“É com orgulho que, em nome do prefeito Pedro Serafim e da cidade de Campinas, recebo, pela segunda vez, este prêmio. Isto mostra que o trabalho que estamos desenvolvendo tem consistência e tem se consolidado a cada ano.”, afirmou Ziller, que, em tom bem humorado, sugeriu que na próxima edição Campinas deverá conquistar uma posição ainda melhor.
Para justificar a pretensão, ele lembrou de realizações recentes, como a instalação do PIX IMA no Ponto de Troca de Tráfego de Campinas, que aumenta a velocidade e reduz custos de conectividade para todo o município, a interligação da Rede Digital de Campinas com o Plano Nacional de Banda Larga, que deve ocorrer ainda em julho e a informatização total dos Centros de Saúde de Campinas, que já foi implantada em uma unidade e será estendida para mais cinco até o final do ano.
Ranking
Para elaboração do ranking foram recolhidas informações de 130 municípios brasileiros, sendo que, destes, 100 foram validados e compuseram efetivamente o ranking. Os questionários buscavam captar informações sobre o nível de informatização das administrações municipais, a disponibilidade de acesso à internet para população ou a oferta de serviços digitais, entre outras.
O presidente do CPqD, Hélio Graciosa, destacou que houve um aumento de 30% no número de cidades participantes e que a pesquisa revelou uma melhora da pontuação média entre os municípios melhor classificados de ceca de 15%. “Esses dados mostram que houve investimento em equipamentos, melhoria de acesso e mais serviços digitais para a população”, avaliou.
Metodologia
O IBCD utiliza uma classificação de seis níveis diferentes de informatização, indo do Nível 1 - Acesso Básico, um patamar mínimo que uma cidade em vias de digitalização pode apresentar, dispondo de infraestrutura e de serviços de telecomunicações, mas com limitação de pontos de acesso e de banda de transmissão, até o Nível 6 – Pleno, estágio onde as cidades reúnem a plenitude dos recursos digitais permitidos pelos arranjos sociais, econômicos, políticos e tecnológicos. Os níveis intermediários foram definidos a partir de serviços que se fazem presentes em cada um deles, como a existência de telecentros ou a oferta de serviços públicos à população através da Internet.
Graciosa informou que o CPqD realizou ajustes na metodologia da pesquisa para captar maiores detalhes sobre as ações desenvolvidas pelos municípios e que as melhores classificadas estão todas no nível 3, que se caracteriza por oferecer serviços eletrônicos para a população, o que evidenciaria a necessidade de se avançar mais ainda na informatização para se atingir um estágio ideal neste setor.
À frente de Campinas, no ranking, encontramos quatro grandes capitais, com tradição no investimento em informatização, sendo Curitiba, em primeiro lugar. Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória ocupam da segunda à quarta posição respectivamente.
Pela escala desenvolvida pelo CPqD, Campinas obteve 390 pontos, enquanto que Curitiba obteve 423.
Cidadania
“Com essa segunda edição do IBCD, demos passos importantes na busca de melhores serviços da população, que, afinal é quem deve se beneficiar do uso da tecnologia pelos municípios, alcançando, assim, condições para o pleno exercício da cidadania”, afirmou Lia Ribeiro Dias, diretora da Momento Editorial.
Lygia Pupatto, secretária de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, por sua vez, destacou a credibilidade do índice e a rigor metodológico utilizado pelo CPqD. Ela alertou que a informatização é um requisito importante para a população possa se beneficiar dos avanços instituídos pela recente Lei de Acesso à Informação.
A pesquisa que fundamentou o Índice foi realizada com recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), gerenciado pelo Ministério das Comunicações.