Quarenta programadores e designers participaram neste fim de semana no primeiro Hackathon Campinas. A maratona de programação, realizada em parceria pelas Secretarias Municipais de Gestão e Controle e de Desenvolvimento Econômico, IMA (Informática de Municípios Associados) e Sensedia, teve como grande vencedora a equipe Flecha, que propôs a solução “Torpedo Saúde” para mapeamento de doenças infecciosas como a dengue. A cerimônia de premiação do evento ocorreu na manhã deste domingo, no Teatro IMA, e contou com a presença do prefeito Jonas Donizette.
O Hackathon Campinas teve como objetivo criar projetos de softwares e soluções tecnológicas para uso da administração pública e dos cidadãos. Para desenvolver as ideias, os participantes utilizaram a base de dados governamental relacionada a diversas áreas como Educação, Saúde, Portal da Transparência e Sistema de Atendimento.
A equipe vencedora foi formada por: Davi Rodrigues, 23 anos e especialista em controle automotivo; Renato Rodrigues, 27, engenheiro de produção; João Otávio Sakai, 23, engenheiro de software; e Felipe de Carvalho Ribeiro, 31, engenheiro de computação. Eles apresentaram um aplicativo que informa, em um raio de 300 metros considerando a localização do usuário, quais doenças são recorrentes no lugar e as notificações de casos de doenças recebidas pela Prefeitura.
“Nossa ideia surgiu de um sistema da Tailândia, que envia SMS quando há ameaça de tsunami”, explicou Davi. “Aqui no Brasil pensamos na dengue como foco atual. Por uma notificação, o aplicativo informa onde há mais casos da doença e também informações como sintomas e meios de tratamento”, completou Renato.
A equipe recebeu das mãos do prefeito Jonas Donizette um cheque simbólico representando o prêmio de R$ 6 mil em vales-presentes, oferecido pelos patrocinadores do evento. O time segundo colocado (Cidade Acessível, que tornou o Portal do Cidadão acessível para deficientes visuais por reconhecimento de voz) e o terceiro (Corujão, que propôs uma auditoria social com base no Portal de Transparência da Prefeitura) foram premiados com os valores de R$ 4 mil e R$ 2 mil, respectivamente.
“Às vezes as melhores ideias vêm de fora, e o papel da tecnologia é muito importante para levar essas ideias para dentro da Administração Pública”, afirmou o prefeito, ressaltando a importância do Hackathon. “O setor privado já faz muitos eventos desse tipo, e é fundamental o Poder Público também se apropriar disso”, emendou. Ele ainda deixou uma mensagem a todos os participantes: “não desistam, persistam em suas ideias. Não tenham medo de ousar”.
Também participaram da cerimônia de premiação o presidente da IMA, Fábio Pagani; a secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Emmanuelle Alkmin; os vereadores Campos Filho e Vinicius Gratti; e o gerente de operações da Sensedia, Marcilio Oliveira. Ainda estiveram presentes no evento o vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira e o vereador Jorge da Farmácia.
Além dos prêmios recebidos, as três melhores equipes do Hackathon ainda terão o direito de participar de um ciclo de aceleração da Baita, companhia de Campinas especializada em trabalhar com pequenas empresas (startups) e inovação. Ademais, todos os dez times participantes serão convidados pela IMA a desenvolver os projetos com o objetivo de futuramente aplicá-los na Administração Pública.
“Fizemos algo dentro do conceito de inovação que vem de fora”, disse Fábio Pagani. “Agradecemos a todos os concorrentes. Vocês trouxeram coisas novas e grandes ideias”, disse Fábio Pagani.
Os trabalhos começaram às 8h do último sábado e só terminaram às 9h do domingo, com o início da avaliação pelo corpo de jurados. Os maratonistas viraram a noite dentro das dependências da IMA, dedicando-se 24 horas ao desenvolvimento de soluções. Os trabalhos foram analisados por uma banca composta por cinco jurados: Artur Araujo, diretor de comunicação da Prefeitura de Campinas; Renato Toi, co-fundador da Baita; e Danielle Bidoia, do design e marketing da Amana-Key, além de Fábio Pagani e Marcilio Oliveira.
Ao final, a maratona arrecadou 75 caixas de leite, doadas pelos participantes e pela IMA. Três entidades de caridade serão beneficiadas com o total recolhido: Associação Beneficente da Boa Amizade, Associação Beneficente Campineira e Os Pelegrinos.
O Hackathon Campinas contou ainda com o apoio Núcleo Softex Campinas, da Sanasa e do Sebrae. Patrocinaram o evento as empresas: Amana-Key, Bradesco, Ci&T, Natuclin, Red Bull, Sigmanet Desktop e Sagaz Tecnologia.
Veja os resultados do primeiro Hackathon Campinas:
Primeiro Lugar
Equipe Flecha
Integrantes: Davi Rodrigues, Felipe de Carvalho Ribeiro, João Otávio Sakai e Renato Rodrigues
Cidades dos integrantes: Campinas e Sorocaba
Solução: Torpedo Saúde - alertas para doenças infecciosas
Segundo Lugar
Equipe Cidade Acessível
Integrantes: Filipe Augusto Ribeiro, Allan Nogueira, Rafael Costa
Cidades dos integrantes: Amparo, Lagoinha e Campinas
Solução: Cidade Acessível - acessibilidade para deficientes visuais ao Portal do Cidadão
Terceiro Lugar
Equipe Corujão
Integrantes: Diego Bauleo, Fabrício Gonçalves, Guilherme Battoni e Lucas Oliveira
Cidades dos integrantes: Campinas, Itatiba e Amparo
Solução: Amigo do Prefeito – auditoria social com base nos dados do Portal da Transparência
Imagem: Jonas Donizette posa ao lado do grupo vencedor do Hackathon Campinas (Crédito: Fernanda Sunega/Prefeitura Municipal de Campinas)