Área de Redes é treinada em IPv6

 

25/08/2009

A IMA está iniciando um programa com o objetivo de preparar-se para a implantação do IPv6, a mais nova versão do IP, o Protocolo da Internet. Este novo protocolo está sendo implantado gradativamente na Internet, em substituição ao anterior, o IPv4, que está próximo do limite de sua capacidade de gerar cerca de 4 bilhões de endereços no mundo todo.

Especialistas apontam que, em 2011,o IPv4 teria a sua capacidade de criar novos endereços exaurida. A implantação do IPv6 seria, então, a maneira de viabilizar a continuidade da expansão da rede. 

Basicamente, o que difere as duas versões é a quantidade de bits utilizadas para a definição do endereço IP, o que possibilitará um grande aumento no número de endereços diferentes possíveis. Com o IPv4, são 32 bits, o que permite um endereço composto de quatro grupos de oito bits (exemplo de um endereço IPv4: 192.0.2.35). A adoção do IPv6 elevará esta capacidade para 128 bits e, consequentemente,  uma combinação de algarismos que possibilita a geração de 3,4 x 1038 endereços de IP (exemplo de um endereço IPv6: 2001:db8:faca:cafe:dado:123:5678:9abc).

A mudança trará outros benefícios, como o aumento na qualidade de serviços como voz sobre IP (VoIP) e transmissão de vídeo em tempo real, bem como mais facilidade à mobilidade dos usuários, que poderão ser contactados em qualquer rede através do seu endereço IPv6 de origem.

A preparação para as mudanças na IMA teve início com um curso de capacitação para os profissionais que trabalham na área de Engenharia de Redes. Eles realizaram treinamento oferecido pelo NIC.br, uma entidade sem fins lucrativos, criada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) com a finalidade de ajudá-lo a cumprir sua missão na governança da Internet em nosso País. 

A partir de agora, a discussão sobre as mudanças será estendida a outras áreas da empresa, que trabalha com a perspetiva de, em dois anos, começar a implantação do IPv6. “Estamos antenados e nos antecipando a essas mudanças, que, mais cedo ou mais tarde terão que ocorrer”, avalia o engenheiro da Gerência de Engenharia de Telecomunicações da IMA, Henrique Holschuh.

De acordo com Holschuh, esta implantação depende de uma expansão de equipamentos e de evoluções  em aplicações de software. “É um processo para viabilização em médio prazo, quando passaremos a ter duas infra-estruturas diferentes, rodando em paralelo as duas versões de IP durante algum tempo”, explica, antevendo que o IPv4 deve permanecer em atividade ainda pelo menos nos próximos 10 anos.

Diante disso, a compatibilidade como o IPv6 será uma preocupação da IMA nas próximas aquisições de equipamentos. “É uma oportunidade para a modernização dos equipamentos que dão suporte à operação da rede e para a atualização dos sistemas operacionais nas estações de trabalho, contribuindo para o aumento da segurança e do desempenho de todo o parque de informática da IMA e da Prefeitura de Campinas”, conclui Holschuh.

 

 

 

 

 

 

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