29/12/2009
Por Pedro Jaime Ziller
Ao longo de 2009, a IMA passou por significativas mudanças, principalmente no que se refere à sua relação com a Prefeitura Municipal de Campinas, sua acionista majoritária e sua principal cliente. Com o aval da Administração Municipal, a empresa passou a perseguir firmemente a visão de “ser reconhecida como a única solução de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) da Prefeitura de Campinas, e não como mais um fornecedor”.
Para atingir este objetivo, a empresa reviu sua política de preços, reduzindo as margens nos serviços prestados à Prefeitura, e sua estratégia de conquistas de novos mercados, que agora prioriza a Região Metropolitana de Campinas.
Para sistematizar e apontar os caminhos a serem percorridos, a IMA elaborou o documento “Diretrizes e Plano de Ação de TI - Prefeitura Municipal de Campinas – 2009 a 2012, Construindo a Cidade Digital” (DPATI), que faz um levantamento da situação atual do parque tecnológico da Prefeitura de Campinas e estabelece as metas a serem atingidas na área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações de maneira a atender às expectativas da Administração Municipal.
Um dos reflexos desta nova orientação estratégica, expressa no DPATI, é o aumento no índice de confiança depositada pela PMC na capacidade da empresa em prover suas soluções tecnológicas. Uma prova desta confiança se expressa justamente na assinatura de novo contrato, desta vez por um período de quatro anos, com vigência até novembro de 2013.
É um contrato que prevê o aporte de R$ 52 milhões ao ano, o que expressa a crença da atual Administração de que o investimento em tecnologia é estratégico para melhorar ainda mais a gestão da cidade.
Em outro movimento estratégico, a empresa, que sempre foi forte e se projetou nacionalmente como desenvolvedora de sistemas para a Administração Pública, está agora se preparando para atuar com igual presença na área de telecomunicações, partindo da premissa de que, para uma cidade poder se apropriar dos benefícios que o desenvolvimento tecnológico propicia, é preciso que haja conectividade entre todos os órgãos que compõem a Administração Pública.
Para que isso ocorra, de maneira com que a Prefeitura tenha governança sobre esse fluxo de informação, garantindo autonomia e confiabilidade, torna-se imprescindível que a rede que suportará estas conexões esteja sob seu controle. A IMA será o agente catalisador na implantação desta infraestrutura.
Por outro lado, sabemos que uma empresa de TI que não se expande e não inova, tende a desaparecer - esta é uma espécie de lei natural que define a sobrevivência ou não de diversas empresas semelhantes à IMA. Portanto, temos um grande desafio para 2010: encontrar maneiras criativas para sustentar a nossa expansão, conquistando cada vez mais espaço no mercado, tanto junto à PMC, cujo teto de sua capacidade de investimento na área está, de certa forma, expresso no novo contrato com a IMA, quanto na conquista de novos clientes.
Em outras palavras: embora o foco prioritário seja a Prefeitura de Campinas, isto não significa que a IMA não esteja interessada em ampliar os negócios com outros clientes. Esta ampliação faz parte das diretrizes estratégicas da empresa, principalmente como forma de ampliar as receitas, permitindo maior autonomia frente aos recursos advindos da PMC, bem como o fortalecimento de caixa para novos investimentos. Obviamente, os outros municípios da RMC aparecem como alvos prioritários nesta estratégia.
É nesse contexto que se enquadra o convênio assinado com a Brisa, entidade privada sem fins lucrativos que atua na área de Tecnologia da Informação. A parceria entre as duas organizações visa somar esforços para prover soluções especialmente voltadas para a área pública, possibilitando a comercialização conjunta de suas soluções.
Em 2009, a diretoria da IMA também começou a buscar junto a órgãos de fomento novas fontes de financiamento para a expansão das ações da empresa para outros municípios. Em 2010, estas ações serão mantidas e, se possível, ampliadas.
Enfim, as ações que determinaram uma nova maneira de atuar da IMA em 2009 se projetarão no próximo ano como um propulsor na consolidação da empresa como uma entidade realmente engajada nas resoluções dos problemas do Município de Campinas, mas sem esquecer que, potencialmente, todo o conhecimento acumulado nesta tarefa, pode ser compartilhado com outras administrações municipais que necessitem de tecnologia para gerir com maior eficácia os interesses de seus cidadãos
Pedro Jaime Ziller é engenheiro, ex-presidente da Anatel e presidente da Informática de Municípios Associados S/A