Agentes da IMA aprendem Libras

 

11/09/2009

 

A emoção deu a tônica na formatura da primeira turma de profissionais da área de Atendimento da Informática de Municípios  Associados S/A (IMA) capacitada em Libras (Língua Brasileira de Sinais), ocorrida nesta sexta-feira, 11 de setembro, no Auditório da empresa.

 

O sentimento de superação ao dominar os procedimentos básicos de uma nova língua, o que permitirá quebrar barreiras na comunicação com portadores de deficiência auditiva, e  a consciência da importância desse novo conhecimento para a construção de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora foram sentimentos compartilhados pelos 18 formandos, todos profissionais que mantêm contato direto com o público, seja no Procon, Centro Público de Apoio ao Trabalhador (CPAT), 156, Atendimento Tributário, Porta Aberta, Ouvidoria ou no Prefeitura Móvel  (ônibus e van, que levam os serviços da Prefeitura a diversos bairros de Campinas). 

 

“Nós aprendemos muito mais que uma nova língua, aprendemos a conhecer as dificuldades de comunicação de uma pessoa surda. Poder ajudar na superação desta dificuldade durante a nossa atividade profissional é muito gratificante”, afirmou Erika Michelle Rondina, funcionária da IMA que trabalha no Procon.  De acordo com Erika, durante a realização do curso, ela realizou  atendimento a cinco pessoas com problemas auditivos. “Eu me surpreendi ao conseguir entender e me comunicar com eles. Acredito que estas pessoas também se surpreenderam, ao perceber que eu estava interessada e me esforçava para estabelecer um diálogo. É uma sensação muito boa”.

 

O curso foi realizado em cumprimento à Lei Municipal 13.535, de março deste ano, que determina que órgãos públicos que prestam atendimento à população possuam profissionais capazes de se comunicar por meio da Libras. A partir de agora, as áreas da Prefeitura de Campinas que atendem ao público, cujos serviços são prestados pela IMA, já estão adequadas à lei.

 

A professora Valéria Maria Ferreira, fonoaudióloga da Apascamp (Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Campinas), explicou que foi um curso básico, com duração de 40 horas, divididas em 10 aulas de quatro horas. Ela disse que o objetivo principal era fazer os alunos entenderem as necessidades das pessoas com deficiência auditiva. “Queria que eles entendessem o outro, pessoas com necessidades diferentes das delas e o resultado foi muito bom”, avalia.

 

Para Valéria, a turma apresentou um grande aproveitamento em função do interesse demonstrado e da capacidade de assimilar a nova linguagem. “Mas é como aprender uma nova língua, necessitando de prática e estudos constantes”, alerta. Há estudos para a formação de novas turmas e criação de novos cursos, de nível intermediário e voltados ao fortalecimento das técnicas de conversação para os que já passaram pelas aulas básicas.

 

“Não é fácil fazer os sinais, mas a professora foi muito feliz em conseguir, em um curto espaço de tempo, nos preparar para aprendermos a fazê-los. Essa é a nossa vitória”, comemorou Rachel Heloísa Pernicone, que trabalha no posto de atendimento presencial do serviço 156, no saguão do Paço Municipal. “Trabalho há muito tempo com atendimento ao cidadão e não tinha a noção da dificuldade que uma pessoa surda tem para se comunicar. As aulas me ensinaram a me colocar nesse lugar e como agir para superar as dificuldades”, acrescenta.

 

A organizadora do curso, Mariana Flores, estagiária na área de Recursos Humanos da IMA, também se emocionou durante a cerimônia de encerramento. “É muito bonito ver que o nosso trabalho pode contribuir para gerar frutos tão proveitosos. A IMA fez um excelente investimento ao organizar este curso”, defende. 

 

 

 

 

 

 

 

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