15/12/2011
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu licença à Prefeitura Municipal de Campinas (PMC) para a construção de uma rede utilizando a frequência de 3,4 GHz com a finalidade de implantar programas de inclusão digital e melhorar o atendimento à população. Como braço tecnológico da PMC, a Informática de Municípios Associados S/A será a empresa responsável pela implantação desta rede. O Departamento de Informatização (Deinfo) da PMC, por sua vez, será o gestor de todo o processo de construção da infraestrutura e das diretrizes de sua utilização.
Entre os principais objetivos da construção da rede estão a obtenção de controle sobre a conectividade entre os diversos pontos descentralizados da PMC, como centros de saúde e escolas, e a redução dos custos com telecomunicação.
Campinas foi um dos primeiros municípios brasileiros a conseguir a licença para a exploração de Serviço Limitado Privado com esses objetivos. Por ser uma frequência licenciada, a sua utilização traz benefícios para a operação da rede, como maior capacidade de tráfego e ausência de interferências de outras redes.
“A intenção é de que toda a comunicação de dados e voz interna da Prefeitura seja feita por meio dessa rede. Isto aumentará a disponibilidade e a gestão sobre os ativos de rede”, afirma Luís Felizola, diretor do Deinfo.
A IMA utilizará a tecnologia WiMAX, que, a partir de uma estação de rádio base, permite conectar um ponto a múltiplos outros pontos, ou seja, conecta o usuário final à rede digital de Campinas, que está sendo construída pela empresa. Pelo projeto, com a instalação de 13 estações é possível abranger cerca de 90% da área urbana do município (conforme ilustração). A autorização da Anatel estabelece um prazo de seis meses para que a rede comece a ser implantada.
A expectativa é que a utilização da rede WiMAX possibilite aumentar a banda disponível para cada centro de saúde em Campinas de 1 para 3 Mbps. Escolas, telecentros, órgãos de segurança e administrativos também serão beneficiados.
Para Felizola, outra vantagem do projeto é dar flexibilidade para que a Prefeitura possa melhorar a gestão de sua política de informatização e de telecomunicações, baseada no conceito de cidadão digital. “Teremos mais liberdade para incluir novos pontos de acesso e direcionar a quantidade de banda que seja mais adequada ao tipo de atividade que o órgão público desenvolve, tudo isso voltado para disponibilizar serviços e informações ao cidadão.”, avalia.
Para o presidente da IMA, Pedro Jaime Ziller, a rede WiMAX vai complementar o trabalho que já está sendo feito juntamente com a Telebrás para conectar Campinas ao Plano Nacional de Banda Larga. “A Telebrás providencia o chamado back-bone, espinha dorsal da rede, a IMA já está estruturando o back-haul, ou seja a conexão desta espinha dorsal com os servidores da empresa. A utilização do WiMAX vai viabilizar a etapa mais trabalhosa e cara desse processo, que é implantar a “última milha”, isto é, a conexão do back-haul com o usuário final”, explica.
A partir daí, conclui Ziller, todas as unidades descentralizadas do serviço público municipal e, quem sabe, estadual e federal, de Campinas estarão conectadas à Internet através do PNLB, o que trará muitas vantagens no que diz respeito aos custos e qualidade dos serviços.