IMA refaz projeto com falhas e testa fibra ótica em escolas de Campinas

19.01.2014

Com 7% até agora das 198 escolas municipais ligadas ao sistema de internet por fibra ótica, Campinas (SP) negocia para que a metade da rede tenha o recurso até dezembro deste ano, incluindo a oferta gratuita de Wi-Fi. O projeto foi anunciado pela administração em setembro de 2012, mas, de acordo com a empresa IMA, teve de ser refeito por causa de falhas técnicas.

"Era um programa complicado, a questão tecnológica já estava bem diferente em poucos meses, ainda não era possível fazer a licitação e também encontramos uma série de falhas técnicas durante trabalhos de campo", explica o presidente a Informática de Municípios Associados, Fábio Pagani. Segundo ele, a empresa levou dez meses para fazer um novo mapeamento da rede e refazer o projeto. A previsão é de que sejam gastos R$ 20 milhões, com implantação do boletim eletrônico para o ensino fundamental.

Projeto piloto

Pagani diz que um projeto piloto começou a ser avaliado em dezembro do ano passado, quando 14 escolas foram ligadas à fibra ótica. Segundo ele, as unidades serão monitoradas por três meses para que sejam colhidas informações sobre número de acessos simultâneos e a demanda de cada escola contemplada. "Para o projeto, nós pegamos as escolas onde a fibra ótica passava na rua. Houve um gasto médio de R$ 2 mil para cada instalação, mas não é padrão. Todas têm internet, mas há unidades a 30 quilômetros da rede de fibra ótica", alegou o presidente da IMA. A previsão da empresa é de que a conexão nas escolas passe de 1 para 100 megabits (Mbps) por segundo, o que irá otimizar laboratórios de informática.

As escolas contempladas durante o projeto piloto são: Ciro Exel Magro, Presidente Floriano Peixoto, Leonor Savi Chaib, Elvira Muraro, Maria Luiza Pompeo Camargo, Julio de Mesquita Filho, Padre Avelino Canazza, Anália Ferraz da Costa Couto, Francisco Ponzio Sobrinho, Professora Geny Rodrigues, Professor Vicente Rao, Violeta Dória Lins, Padre Emilio Miotti e Professor Zeferino Vaz - que terá sistema integral a partir deste ano. Atualmente, Campinas possui 29,3 mil crianças matriculadas na educação infantil e 19,8 mil no ensino fundamental.

Máquinas e boletim eletrônico

Pagani endossou que o acordo milionário também prevê aumento do número de computadores que estarão disponíveis nas escolas aos pais e alunos da rede, para que eles inclusive possam acessar o boletim eletrônico a ser implantado nas 44 unidades de ensino fundamental - lei sancionada pelo Executivo em dezembro de 2013, mas que segue sem regulamentação. Com o recurso, os pais poderão acompanhar o desempenho e a frequência dos filhos nas aulas da rede.

Em nota, a secretária municipal de Educação, Solange Pelicer, informou que conversa com representantes da IMA para viabilizar o projeto de internet por fibra ótica nas escolas. Por isso, de acordo com a assessoria da pasta, não é possível estimar os custos para o serviço e a expectativa é de oferecer o boletim eletrônico nas unidades de ensino em 2015. Já o presidente da IMA alegou que um contrato de R$ 80 milhões foi acertado com a Prefeitura no ano passado para uma série de serviços na cidade, durante este ano, mas cabe ao Executivo fazer regulamentações e também determinar o cronograma dos trabalhos.

A assessoria da Secretaria de Educação informou que as escolas da rede têm um computador por aluno nos laboratórios de informática, sendo que algumas - parceiras da Unicamp - também oferecem uma máquina por estudante em sala de aula.

Além disso, a pasta reiterou que, no ano passado, 25% dos 2,8 mil professores da rede municipal receberam tablets para auxílio nos trabalhos. Não havia previsão sobre quantos servidores terão o recurso até dezembro deste ano, até esta publicação.

Ampliação da rede

De acordo com a IMA, o sistema de fibra ótica de Campinas possui 140 quilômetros de extensão de cabos não integrados, utilizados para o sistema de monitoramento da Cimcamp. Segundo a empresa, a previsão é que a rede seja ampliada para 350 quilômetros até o segundo semestre deste ano, sendo possível o acesso à internet em toda a cidade.

Fonte: G1

 

 

 

 

 

 

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