08/02/2010
A Informática de Municípios Associados S/A deu um passo importante para a implantação da Cidade Digital em Campinas, tornando-se, recentemente, Sistema Autônomo de Internet (AS). Com isso, a empresa passou a poder conectar-se diretamente com outros sistemas autônomos e a deter um bloco próprio de endereços IP, fortalecendo a sua atuação junto à rede mundial de computadores..
O processo de busca deste novo status para a empresa teve início a partir do projeto estratégico elaborado pela IMA e apresentado à Prefeitura de Campinas. Este projeto tem como princípio a alta disponibilidade de acesso aos sistemas e aplicativos Web como um dos atributos indispensáveis para a prestação de um serviço de qualidade.
A dependência com relação a um único Provedor de Trânsito Internet (empresa que mantém infra-estrutura para tráfego de dados para a Internet e cobra por isso) representava um risco de interrupções nos serviços. Foi exatamente o que ocorreu no ano passado, quando uma grande Provedora de Trânsito Internet entrou em pane, deixando seus clientes, durante alguns dias, sem acesso à rede.
Começamos a buscar uma solução e concluímos que a rede de dados do Município deveria estar conectada simultaneamente a dois provedores de trânsito, em redundância geográfica, o que só seria possível, transformando a IMA em um Sistema Autônomo, ou AS, como se fala no jargão técnico, explica Henrique Holschuh, engenheiro da Gerência de Engenharia de Telecomunicações da IMA.
O passo seguinte, foi abrir um processo licitatório para definir a quais provedores de trânsito a empresa se conectaria. Este processo se encerrou no final de 2009 e, hoje, a empresa está em processo de implantação de enlace de dados junto aos dois vencedores da licitação.
Ao tornar-se uma AS, a IMA passa a ter condições de atuar com maior presença na área de telecomunicações. Ela pode, por exemplo, conectar-se , por interesse mútuo, a outros provedores locais para compartilhar tráfego, visando maior economia.
Outra vantagem é que a IMA passa a contar com um bloco próprio de endereços IP (Internet Protocol, um código numérico que identifica cada computador conectado na rede) para seu datacenter. Isto permite maior flexibilidade, autonomia e economia em novas licitações, garantindo melhores condições para o desenvolvimento de futuros projetos ligados à implantação da cidade digital em Campinas., ressalta Holschuh.
Atingir uma situação na qual a alta disponibilidade para o tráfego de informações da Prefeitura de Campinas esteja garantida é imprescindível para o aprimoramento da eficiência na Administração Pública. Não adianta termos bons aplicativos que auxiliem na gestão da Saúde, da Educação ou das Finanças, se quando for necessário utilizá-los, eles estiverem inacessíveis. , complementa Francisco Seniuk, gerente de Engenharia de Telecomunicações da IMA.