Jovem.com e CIMCamp são destaques na modernização digital

15/06/2011

Os dados coletados para elaboração do Índice Brasil de Cidades Digitais seguiram um questionário montado com base em metodologia desenvolvida pela Fundação CPqD. Essa metodologia estabelece seis estágios de cidades digitais, definidos a partir de nove critérios de pontuação que contemplam “presença de equipamentos primários”, “acesso público à internet”, “cobertura geográfica”, “acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade”, “banda”, “oferta de serviços públicos e privados”, “integração de serviços públicos”, “integração de comunidades” e “integração de cidades, estados e países”.

A metodologia considera tanto os aspectos tecnológicos da conectividade e o uso de serviços criados a partir da digitalização, quanto os de população e acesso. A partir dos dados obtidos nas pesquisas para elaboração do Índice Brasil de Cidades Digitais, a área de estatística do CPqD estabeleceu um critério de pontuação para cada uma delas.

Por exemplo, na categoria “presença de equipamento primário”, a pontuação teve um peso menor, variando de 10 a 100; já na categoria banda, a variação ficou entre 250 a 3.500. “Por esses critérios, quanto mais a cidade avança na escala da informatização da infraestrutura e integração de serviços em direção à digitalização plena, maior peso tem a pontuação recebida, evitando eventuais distorções provocadas pelo bom desempenho em um item mas baixa performance nos demais”, explicou o presidente do CPqD, Hélio Graciosa.

Pela escala desenvolvida pelo CPqD, Campinas obteve 339 pontos, enquanto que Belo Horizonte, a primeira colocada, obteve 360. 

Níveis

O Índice, então, prevê seis diferentes níveis de cidades digitais.  O Nível 1 – Acesso básico é o patamar mínimo que uma cidade em vias de digitalização pode apresentar. São cidades que dispõem de infraestrutura e de serviços de telecomunicações, mas com limitação de pontos de acesso e de banda de transmissão.  No Nível 2 – Telecentros,  a população já conta com telecentros para acesso público à internet, mas com recursos mínimos de acessibilidade, como instalações físicas adequadas a cadeirantes. Já no Nível 3 – Serviços eletrônicos, as cidades contam com cobertura total para acesso público, ou seja, há telecentros distribuídos em toda a sua extensão territorial com diversos recursos de acessibilidade e usabilidade. Neste nível, a população já pode usufruir de alguns serviços públicos e privados em ambiente virtual, embora aqui, também, ainda exista limitações de banda em termos de acesso e de backbone.

Apenas os quatro primeiros colocados estão no nível 3, denominado Serviços Eletrônicos. Os municípios que ocupam da 5a à 22a posição, caso de Campinas,  estão no Nível 2 da escala, denominado Telecentro.

Do nível 4  ao 6, são incorporadas novas exigências, como cobertura total e sem limitação de banda para o acesso público e todos serviços públicos integrados em um único ambiente virtual, compondo uma plataforma de governo eletrônico em graus de digitalização cada vez mais complexos. “E preciso avançar mais para atingirmos estes níveis”, avaliou  Lia Ribeiro Dias, diretora da Momento Editorial.

No caso de Campinas, alguns fatores forma determinantes para a sua pontuação, como o Programa Jovem.Com, a informatização da administração escolar,  através do Integre, um software desenvolvidopela IMA, a Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CIMCamp) e a implantação do Sistema Integrado de Gestão de atendimento (Siga-Saúde).

 

 

 

 

 

 

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