02/03/2012
A implantação do Cartão SUS nos municípios da Região Metropolitana de Campinas foi a principal pauta de um encontro que reuniu gestores do Ministério da Saúde, da Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), do Conselho de Desenvolvimento da RMC e das Prefeituras de Campinas e Santa Bárbara D´Oeste na sede da Informática de Municípios Associados S/A (IMA), nesta quinta-feira, 01 de março.
O objetivo do encontro foi traçar estratégias que viabilizem a implantação de infraestrutura e um sistema informatizado que possibilitem aos 19 municípios que compõem a RMC adotar o cartão SUS como forma de identificar os usuários dos serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde.
Em abril do ano passado, o Ministério da Saúde (MS) indicou o Siga (Sistema Integrado de Gestão de Atendimento) o software padrão para a gestão dos recursos e serviços prestados pelo SUS em todos os municípios brasileiros. O sistema já havia sido implantado em Campinas sob a coordenação da IMA, que, para tanto, absorveu a tecnologia e está habilitada a promover evoluções e colaborar com apoio técnico para sua implantação em qualquer município brasileiro.
A utilização do Cartão SUS em todos os municípios da RMC será uma experiência piloto do MS, que visa a adoção de um número nacional e a criação de um banco de dados único, identificando todos os usuários da Rede Pública de Saúde.
A ideia foi adotada pelo presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC e prefeito de Pedreira, Hamilton Bernardes Júnior. De acordo com ele, a informatização tornará o atendimento à Saúde na RMC mais eficiente, mais barato e, com isso, contribuirá para melhorar os serviços prestados à população. Esse controle, na sua visão, também é necessário para identificar e quantificar as carências e necessidades de investimentos nas diversas áreas que envolvem o setor.
“A RMC conta com 3 milhões de habitantes. Não é possível mais continuar controlando o atendimento a esta quantidade de pessoas de forma artesanal, com base no papel e anotações manuais. Para fazer o acompanhamento e o gerenciamento desta quantidade de pessoas é necessária a informatização e, para isso, nós precisamos de um sistema de gestão”, afirmou.
Pelo que foi acordado entre os presentes, a Agemcamp, com o apoio técnico da IMA, apresentará um projeto ao MS, que foi representado na reunião por Luís Odorico Andrade e Moacyr Perche, ambos da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério, além de Augusto Cesar Gadelha Vieira, diretor de tecnologia da Datasus. Perche, que foi diretor de informatização da Prefeitura de Campinas e um dos responsáveis pela implantação do SIGA no Município, é um entusiasta no uso da tecnologia para a melhoria do atendimento à população na área da Saúde. Recentemente ele deixou a Administração Municipal para integrar o quadro de gestores do Ministério da Saúde.
Aprovado o Projeto, o MS disponibilizará os recursos para a sua implantação. O secretário chefe de gabinete da Prefeitura de Campinas, Alcides Mamizuka, afirmou que a iniciativa mostra o potencial que Campinas tem para ser um esteio tecnológico para os outros municípios da RMC.
O presidente da IMA, Pedro Jaime Ziller, calculou que, a partir da experiência de Campinas, um projeto deste porte, após todos os acertos feitos, deve levar cerca de dois anos para ser concluído. “Cada município possui suas peculiaridades, o que implica a necessidade de alguns ajustes”, explicou.
José Roberto Ferreira, Maurício Bottoni e Maria Célia Caiada, representaram a Agemcamp no encontro, que também contou com a participação de Carlos Eli Ribeiro, Secretário de Saúde de Santa Bárbara D`Oeste e coordenador da Câmara Temática que trata deste assunto junto ao Conselho da RMC, e Luís Bierwagen, da Secretaria de Saúde de Campinas.