Vigilância Sanitária interdita banco de sangue

De acordo com o médico sanitarista Vicente Pisani Neto, da Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental (Covisa), a medida foi adotada porque o serviço não atende a uma série de itens exigidos pela portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre as irregularidades foram constatadas rasuras em rótulos, falta de segurança no controle dos registros, que era feito manualmente, além de condições higiênico-sanitárias inadequadas.

Comprometimento

"A maneira de atuar do serviço também gera dificuldade de rastrear quem doou e quem recebeu o sangue", informou o biólogo Daniel Coradi de Freitas, coordenador da Vigilância em Saúde (Visa) Sul.

O médico Vicente Pisani explicou que nestas condições a qualidade do sangue pode estar comprometida e afetar a pessoa que vai receber a transfusão.

Segundo ele, o banco de sangue já vinha sendo acompanhado pela equipe da Visa Sul, que exigiu adequações. "No entanto, elas foram atendidas parcialmente e, por isso, foi necessária a interdição", disse.

O banco de sangue, particular, atendia aos hospitais Álvaro Ribeiro, Santa Edwiges e Centro Cor, em Campinas, e ao Hospital de Santa Bárbara.

Demandas

As demandas destes locais serão supridas pelo Hemocentro do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo banco de sangue da Casa de Saúde, entre outros.

A interdição já foi comunicada a todos os hospitais e à Direção Regional de Saúde de Campinas (Dir) 12 e será publicada no Diário Oficial (DO) do município. De acordo com Daniel de Freitas, a interdição é cautelar e o serviço pode voltar a funcionar, após nova vistoria da Vigilância Sanitária, a partir do momento em que se adequar às normas vigentes.

 

 

 

 

 

 

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